segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

(2004)

Predestinação? Penso que existem certos amores que nos habitam pra sempre. Pra onde esses amores vão depois que esta morada se esgota eu não sei. Se já me habitavam antes de eu vir morar aqui, também não posso saber.
Viver – é com paixão. A afetividade que se desdobra sobre tudo o que criamos, sobre os que caminham conosco, além de maravilhosa, não seria essencial?
Meus desejos estão em branco. Não porque vazios, mas porque todos, amontoados no mesmo espaço e no mesmo tempo, gritam e se sacodem, dormem e silenciam, como um ruído branco.
Não há o que se ame em segredo. É tanto tudo! Tanta vida, tão pouco tempo, tantas paixões e algum medo. Tudo para dar conta. Daqui a pouco, o que vem? Daqui a pouco sou eu.
Serei apenas eu, num palco iluminado. Haverá platéia e meu solo inusitado.

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