Dia desses descobri alguém misterioso. Estava quieto, fiquei curiosa. Mirei um foco de luz sobre ele e foi como se multiplicasse a luminosidade do seu mistério que, inesperadamente, se voltou na minha direção.
Eis, então, que o seu mistério iluminou os meus. E eu, a um só golpe, fui despida. Arrancou de mim, inclusive, todas as poeiras e os medos como se nunca tivessem tido razão para pousar em mim.
Solta e sem saber pra onde ir, semeio flores no vento e no asfalto, bebo água da chuva pra refrescar o sol que me queima por dentro...
E nós, sem querer, inauguramos um novo mistério, a grande pergunta: - que será o fim disso?