segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

(2006)


lá fora
uma chuva não cansa
forte, insistente, mansa.
lá fora
o céu leitoso
o som aguado
e o dia dorme sem ter sono
o chão bebe sem mais sede
o sol faz ver da minha janela
verde
um vapor que sobe
pingos brilhando caindo da calha,
da beira das telhas, do bico das folhas
o pensamento gotejante.
no próximo facho de luz
evaporo e sigo adiante.

Nenhum comentário: